domingo, 18 de novembro de 2012

Amar os livros!


  Nos meus tempos de estudante, a biblioteca era um dos espaços onde os alunos se refugiavam quando as tarefas escolares exigiam um ambiente calmo e/ ou o acesso e consulta de determinados recursos. Com efeito, nesses tempos já algo longínquos, esta era um local onde, quase sempre, conseguíamos ter acesso imediato a livros / publicações que, regra geral, não existiam nas nossas casas: enciclopédias, atlas, dicionários, etc.
Para nós, estudantes de um Portugal recém libertado de um regime autoritário que vigorou durante cerca de quatro décadas e ainda muito fechado para o exterior (apesar de já se notarem algumas manifestações do desejo de abertura das nossas portas à Europa), a biblioteca era um local quase “sagrado”.
Nesse tempo, não me recordo de lá haver um único computador. Apenas um dos seus “antepassados”, a máquina de datilografar e, se a memória não me atraiçoa, o fax.
imagem retirada do sítio:
becrejc.blogspot.com (no dia 18 de novembro de 2012)
Nesses tempos, o mundo “aprendia-se” no contacto com os outros, na escola,  através da imprensa, da rádio e dos dois canais públicos de televisão e, por último mas, na minha opinião, não menos importante, nos livros.
A minha geração cresceu a “amar”, a respeitar e a valorizar os livros e toda a sabedoria que neles habita. Talvez seja esse um dos motivos que continua a manter-me no grupo dos seus muitos adeptos, apesar  das inúmeras “possibilidades” que, diariamente, o mundo da informática e das novas tecnologias nos oferecem.

É também por esse motivo que, fazendo parte da equipa da nossa Biblioteca Escolar, gostaria de ver os nossos livros saltarem das prateleiras, ganharem vida, espreguiçarem-se nas secretárias, serem companheiros nas vossas viagens diárias, confidentes e “mestres” que vos levam a viajar, a conhecer e a adotar novas e diversas perspetivas relativamente a este e a outros “mundos” que neles habitam.

És capaz de aceitar este desafio?

Acredito que sim, pois difícil não é fazer, difícil é começar a fazer

Deixo-te uma certeza: a de que jamais te arrependerás de ter aceitado este desafio...

                                                                                                                        
Conceição Sousa

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