quarta-feira, 31 de outubro de 2012

S de seleção musical


Duas das minhas musicas favoritas. Recomendo vivamente!

Led Zepplin - Stairway To Heaven



Pink Floyd - Comfortably Numb



Paulo César Morais, 11ºA

sábado, 27 de outubro de 2012

O Computador

 A menina Leonor
só quer o computador.
O boneco e a boneca
eram uma grande seca!
Deitou fora a bicicleta,
cansa muito ser atleta.
Não sai para qualquer lado,
nem para comprar gelado.
Anda da mesa para a cama,
só se veste de pijama.
Vê-se ao espelho de manhã
a olhar para o ecrã.
Já se esqueceu de falar.
Só sabe comunicar
com os dedos no teclado.
Tem agora um namorado
a menina Leonor
chamado computador.
É fiel, inteligente
não refila, nunca mente.
E quando ela se fartar,
pimba, basta desligar.

    
Luísa Ducla Soares (A cavalo no tempo)

terça-feira, 23 de outubro de 2012

O que andas a ler?


A Humilhação, PHILIP ROTH





"Simon says" é uma expressão popular que para mim faz parte da personagem Simon e do próprio  Phillip Roth, que lhe criou uma perfeita HumilhaçãoNão que ela seja perfeita literalmente mas é irrepreensível em conseguir captar o nosso interesse, e isso é exatamente o que se pede a um livro que aspire a ser muito bom.  
Logo nas primeiras páginas a facilidade de leitura é aliciante. Não existem segundos pensamentos, nem segundas intensões. Com A Humilhação, o que se vê, neste caso o que se lê, é o que existe. Segue-se a facilidade em expor uma personagem de uma forma praticamente natural. A personagem surge, apresenta-se e segue rumo incerto por entre as restantes páginas. Talvez, o seu único problema seja ser demasiado simples para se tornar num protagonista memorável, mas, também, ninguém pediu nenhum herói. 
Há que ter em consideração que o tom é melancólico, e este não será um livro para se ler numa tarde cinzenta de chuva em que já se está deprimido. Porém, há uma leve esperança durante o desenrolar da ação – quer para o protagonista, quer para nós – de que algo se dê, de que algo melhore e que toda aquela humilhação seja, no mínimo, aliviada. Não levantarei opiniões sobre o final (provavelmente perdoável para os realistas e não tão aceitável para os otimistas...).  
É, em conclusão, uma obra sólida e boa. Chocante a certo ponto, frustrante a certo nível e possivelmente desconcertante a curto prazo. É um livro recomendável às mais variadas personalidades, mas por favor, que não se aconselhe aos moralistas, conversadores, puritanos e crianças abaixo dos quinze anos.



Inês Silva, 12ºA

P de pensar


O Juízo Final, 1482(?) Hieronymus Bosch



Pois não é suficiente ter o espírito bom, o principal é aplicá-lo bem. As maiores almas são capazes dos maiores vícios, tanto quanto das maiores virtudes, e os que só andam muito lentamente podem avançar muito mais, se seguirem sempre o caminho reto, do que aqueles que correm e dele se distanciam.
                             
 in O Discurso do Método, Descartes

                                                                    

domingo, 21 de outubro de 2012

M de memórias


Manuel António Pina
Lucília Monteiro
19 de outubro…
O outono ainda mal se tinha instalado, mas consigo trazia já a paisagem invadida pelos tons escarlate e castanho, a chuva, o frio e também a tristeza que se apodera de nós sempre que alguém parte…
Neste dia outonal, Manuel António Pina, embalado pelas andorinhas migratórias, cumpriu a sua última viagem.
Homem do jornalismo e das Letras, deixa-nos um legado literário que não pode ser esquecido e que deve ser respeitado por todos nós através do ato simples, mas possante da leitura.
Para aqueles que ainda não conhecem a obra deste grande nome da Literatura Portuguesa… 
 …um dos seus muitos poemas para espicaçar a curiosidade…

 

Narciso

Quando me dizes "Vem", já eu parti
e já estou tão próximo de ti
que sou eu quem me chama e quem te chama
e é o meu amor que em ti me ama.

Se me olhas sou eu que me contemplo
longamente através do teu olhar
e moro em ti e sou eu o lugar
e demoro-me em ti e sou o tempo.

Eu sou talvez aquilo que me falta
(a alma se sou corpo, o corpo se sou alma)
em ti, e afogo-me na tua vida
como na minha imagem desmedida:

Sol, Lua, água, ouro,
horizontalidade, concordância,
indiferente ordem da infância,
união conjugal, morte, repouso.
     


Mais informações sobre este autor e a sua obra:
http:/www.dglb.pt/sites/DGLB/Portugues/autores/Paginas/PesquisaAutores2.aspx?Autorid=9200               



São Sousa

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Nobel 2012 (Química)

O prémio Nobel da Química 2012 foi atribuído aos norte-americanos Robert J. Lefkowitz e Brian K. Kobilka pelos «estudos sobre os receptores acoplados à proteína G», anunciou o Comité Nobel.

Robert Lefkowitz e Brian Kobilka são agora premiados por «descobertas que revelam o funcionamento interno de uma importante família destes receptores: os receptores acoplados à proteína G», informa o mesmo comunicado.
A academia sublinha ainda que «cerca de metade de todos os medicamentos actuam através dos receptores acoplados à proteína G».
Durante muito tempo, explica a academia, foi um mistério como é que as células conseguiam sentir o ambiente que as rodeava.
Os cientistas sabiam que hormonas como a adrenalina têm efeitos poderosos - aumentam a pressão arterial e fazem o coração bater mais depressa - e suspeitavam que a superfície celular continha algum receptor para essas hormonas, mas em que consistiam e como funcionavam permaneceu um mistério durante grande parte do século XX.

Fonte: Semanário SOL, no dia 10 de Outubro de 2012.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Simples, calmo e suave...

Em 1977, Isaac Asimov escrevia no seu livro "O colapso do Universo" que desde a década de sessenta que o Universo revelou uma face inteiramente nova, isto é, tornou-se mais excitante, mais misterioso, mais violento e mais extraordinário, quando o nosso conhecimento a seu respeito aumentou subitamente. E, claro está, o fenómeno mais misterioso, mais violento e mais extraordinário tem um nome simples, calmo e suave - apenas buraco negro.

O que será? Existirá realmente?

Eugénio de Andrade

Nobel 2012 (Física)

O prémio Nobel da Física 2012 foi hoje atribuído ao francês Serge Haroche e ao norte-americano David Wineland pelos «métodos experimentais inovadores que permitem medir e manipular sistemas quânticos individuais», anunciou o Comité Nobel.

Fonte: Jornal de Negócios, 9 de Outubro de 2012.