Para nós, estudantes de um Portugal recém libertado de um regime autoritário que vigorou durante cerca de quatro décadas e ainda muito fechado para o exterior (apesar de já se notarem algumas manifestações do desejo de abertura das nossas portas à Europa), a biblioteca era um local quase “sagrado”.
Nesse
tempo, não me recordo de lá haver um único computador. Apenas um dos seus
“antepassados”, a máquina de datilografar e, se a memória não me atraiçoa, o
fax.
imagem retirada do sítio: becrejc.blogspot.com (no dia 18 de novembro de 2012) |
A
minha geração cresceu a “amar”, a respeitar e a valorizar os livros e toda a
sabedoria que neles habita. Talvez seja esse um dos motivos que continua a
manter-me no grupo dos seus muitos adeptos, apesar das inúmeras
“possibilidades” que, diariamente, o mundo da informática e das novas
tecnologias nos oferecem.
É também por esse motivo
que, fazendo parte da equipa da nossa Biblioteca Escolar, gostaria de ver os
nossos livros saltarem das prateleiras, ganharem vida, espreguiçarem-se nas
secretárias, serem companheiros nas vossas viagens diárias, confidentes e
“mestres” que vos levam a viajar, a conhecer e a adotar novas e diversas
perspetivas relativamente a este e a outros “mundos” que neles habitam.
És
capaz de aceitar este desafio?
Acredito
que sim, pois difícil não é fazer, difícil é começar a fazer…
Deixo-te
uma certeza: a de que jamais te arrependerás de ter aceitado este desafio...
Conceição Sousa
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